FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE BASKETBALL (FIBA)
COMITÊ INTERNACIONAL DE MINI-BASQUETE.
REGRAS DE MINI-BASQUETE
O mini-basquete é um jogo para crianças com menos de 12 anos. Foi desenvolvido
como uma forma divertida de se descobrir o basquete.
É uma atividade recreativa e, com sua riqueza em atividade física, desenvolvimento
social e espírito de equipe, estimula as crianças a trilhar uma vida esportiva saudável.
REGRA 1 O JOGO
Art. 1 Mini-Basquete
O mini-basquete é um jogo baseado no basquete e indicado para meninos e meninas
com 12 anos ou menos, aferidos no início da competição.
Art. 2 Definição
O propósito de cada equipe é o colocar a bola na cesta do oponente e evitar que o
oponente marque pontos, seguindo as regras do jogo.
REGRA 2 DIMENSÕES E EQUIPAMENTOS
Art. 3 Dimensões da Quadra
A quadra de jogo deve ser retangular e de se superfície lisa, dura e sem obstáculos.
Sua dimensão deve ser de 28m de comprimento e 15m de largura. Outras dimensões
podem ser usadas, desde que se conserve a mesma proporção, como por exemplo: 26
x 14 m, 24 x 13 m, 22 x 12 m e 20 x 11 m.
Art. 4 Linhas
As linhas da quadra de basquete são desenhadas de acordo com as ilustrações desse
livro. Elas são as mesmas desenhadas nas quadras de basquete normal, exceto pelo
seguinte:
• A linha de lance livre tem 4m de distância da tabela;
• Não existe linha ou área de 3 pontos.
Todas as linhas devem ter 5cm de espessura e devem ser perfeitamente visíveis.
Art. 5 Tabelas
Cada uma das tabelas devem ter a superfície lisa de madeira maciça ou de material
transparente adequado. As dimensões devem ser de 1,20m horizontalmente e de
0,90m verticalmente, e montada na forma que mostra o diagrama.
Art. 6 Cestas
As cestas devem englobar os aros e as redes. Cada uma das cestas deve estar a 2,60m
acima do chão , de acordo com as ilustrações.
Figura 1: Croquis da Tabela
Art. 7 Bola
A bola deve ser esférica, com a superfície exterior de couro, borracha ou de outro
material sintético. Sua circunferência deve estar entre 68 e 73 cm e o peso deve estar
entre 450 e 500 gramas.
Art. 8 Equipamento Técnico
O seguinte material técnico deve ser providenciado :
• Cronômetro do jogo
• Súmula oficial de jogo;
• Marcadores numerados de 1 a 5, para indicar o número de faltas pessoais
cometidas por jogador;
• Um mecanismo sonoro de aviso.
REGRA 3 OS OFICIAIS E SEUS DEVERES
Art. 9 Os Árbitros
Dois árbitros devem dirigir o jogo de acordo com as regras. Ambos são responsáveis
por marcar faltas e violações, por validar ou cancelar cestas e lances livres e também
por administrar penalidades de acordo com a regras.
Art. 10 O Anotador
O anotador é responsável pela súmula. Ele mantém um registro com as cestas e lances
livres convertidos. Também anotará as faltas cometidas, conforme sinalização do
árbitro e levantará os marcadores para mostrar o número de faltas cometidas por cada
jogador.
Art. 11 O Cronometrista
O cronometrista é responsável pelo controle do tempo de jogo e pela indicação do final
de cada um dos períodos.
REGRA 4 JOGADORES, SUBSTITUTOS E TÉCNICOS
Art. 12 Equipes
Cada equipe deve ter 10 jogadores: 5 jogadores na quadra e 5 substitutos.
Um membro da equipe é considerado um jogador quando ele está na quadra e está
autorizado a jogar. De outra forma, ele é considerado um substituto.
Art. 13 Técnicos
O técnico é o líder da equipe. Ele orienta os jogadores de fora da quadra, de forma
calma e amistosa, e é responsável pela substituição dos jogadores.
Ele é auxiliado pelo capitão da equipe, que deve ser um dos jogadores.
Art. 14 Uniformes
Todos os jogadores de uma equipe devem vestir uniformes iguais e com numeração na
frente e atrás da camisa.
As equipes só podem usar números de 4 a 15.
REGRA 5 REGULAMENTAÇÔES DE TEMPO
Art. 15 Tempo de Jogo
O jogo consiste em dois períodos de 20 minutos cada, com intervalo de 10 minutos
entre eles. Cada período é dividido em 2 períodos de 10 minutos cada, com um
intervalo de 2 minutos entre eles.
O cronometrista controla o tempo de jogo, parando o relógio apenas nas seguintes
situações:
• Em uma falta;
• Em uma bola ao alto;
• Ao final de um período;
• Para uma bola morta;
• Quando um jogador comete 5 faltas pessoais ou é desqualificado;
• Quando um jogador está machucado;
• Quando o árbitro o instrui;
Após o relógio ter sido parado, o cronometrista deve reiniciá-lo assim que a bola for
tocada, dentro da quadra.
Art. 16 Início de Jogo
Todos os períodos devem começar com a bola ao alto no círculo central. O árbitro deve
efetuar o lançamento da bola entre dois oponentes. O relógio é iniciado quando a bola
é tocada por um dos jogadores.
No segundo tempo, as equipes devem trocar de cestas.
Art. 17 Bola ao Alto
Ocorre a bola ao alto quando o árbitro lança a bola verticalmente para o alto entre os
dois oponentes em um dos círculos da quadra.
A bola só pode ser tocada por um ou por ambos os jogadores depois de alcançar o
ponto mais alto de sua trajetória.
Todos os outros jogadores devem se manter fora do círculo até que a bola seja tocada
por um dos jogadores saltantes. Se houver uma violação, a posse de bola bola será
dada ao oponente, que cobrará um lateral. Se ambos os time forem responsáveis pela
violação, será feita outra bola ao alto.
Será administrada uma bola ao alto quando:
• Dois ou mais jogadores de equipes opostas estão firmemente segurando a
bola com as mãos.
• A bola sair, tendo sido tocada simultaneamente por dois adversários.
• O árbitro estiver em dúvida sobre o último jogador a tocar na bola.
• O árbitro e o fiscal discordam sobre quem tocou a bola por último.
• A bola fica presa no suporte da cesta.
• A bola acidentalmente entra na cesta por baixo.
• Uma falta dupla é marcada.
Quando uma bola ao alto é marcada, deverá ser administrada no círculo mais próximo
do lance que a originou, sendo a bola lançada verticalmente pelo árbitro entre os dois
oponentes.
Art. 18 Cesta – Quando é convertida e o seu valor
Uma cesta é marcada quando uma bola viva entra na cesta por cima e passa por
dentro dela. Uma cesta de campo vale 2 pontos e uma cesta de um lance livre vale 1
ponto.
Após uma cesta de campo convertida ou após a conversão do último lance livre, a
equipe adversária reiniciará o jogo através da cobrança de lateral desde a linha de
fundo da quadra no tempo máximo de 5 segundos.
Art. 19 Empate
Se o placar estiver empatado ao final do quarto período, este será o resultado final,
não devendo-se jogar nenhuma prorrogação.
Art. 20 Final de Jogo
O jogo termina com o soar do sinal sonoro do cronometrista ou do placar, indicando o
término do tempo de jogo.
REGRA 6 REGULAMENTAÇÕES DE JOGO
Art. 21 Substituições
Cada jogador deve jogar em dois períodos, exceto aqueles que tiverem sido
substituídos por lesão, desqualificação ou que tenham cometido 5 faltas pessoais.
Cada jogador deverá permanecer sentado no banco de reservas durante os outros
períodos, exceto quando for substituir a outro jogador por lesão, desqualificação ou
pelo cometimento de 5 faltas pessoais. Mesmo nestas situações especiais, o jogador
deverá permanecer como substituto por um período completo.
Art. 22 Como a Bola é jogada
No mini-basquete a bola é jogada com as mãos. Pode ser passada, arremessada ou
lançada em qualquer direção dentro dos limites das regras do jogo.
É uma violação correr com a bola, chutá-la intencionalmente ou bater nela com os
punhos.
Tocar acidentalmente na bola com a perna ou pés não é uma violação.
REGRA 7 VIOLAÇÕES
Art. 23 Violações
Uma violação é uma infração ás regras, em virtude da qual o árbitro deve parar o jogo
imediatamente e conceder a posse de bola ao oponente, mediante a administração de
um arremesso lateral.
Art. 24 Reposição de bola
O jogador deve repor a bola de fora da quadra no local indicado pelo árbitro, que será
o mais próximo do local da infração (falta ou violação).
A partir do momento em que a bola está à disposição do jogador, ele tem 5 segundos
para passá-la para um jogador que esteja dentro da quadra.
Quando a reposição estiver acontecendo, nenhum outro jogador pode ter uma parte
do seu corpo sobre ou além das linhas laterais ou de fundo, caso em que a reposição
deverá ser feita novamente.
O árbitro deverá entregar nas mãos do jogador a bola, quando ela tiver que ser
reposta desde as linhas laterais ou de fundo.
Art. 25 Localização do Jogador
A localização do jogador é determinada pelo local onde ele toca o solo. Quando ele
está no ar, considera-se que ele esteja no local de onde saiu ao efetuar o salto.
Art. 26 Jogador fora da quadra
Um jogador está fora da quadra quando ele toca o chão sobre ou após as linhas que
delimitam a quadra.
A bola está fora da quadra quando ela toca um jogador, o solo, ou qualquer objeto
após a linha do limite da quadra, incluindo o suporte das tabelas.
Jogar a bola para fora da quadra é uma violação, punida com a cobrança de lateral
pela equipe adversária.
Se o árbitro tem dúvidas sobre qual jogador tocou por último a bola, será administrada
uma bola ao alto.
Art. 27 Pivô
Um jogador que recebe a bola quando está parado ou parando e
receber a bola está autorizado a fazer a jogada de pivô.
A jogada de pivô ocorre quando o jogador que está segurando a
bola pisa uma ou mais vezes em qualquer direção com o mesmo pé,
e o outro pé, chamado pé de pivô, permanece no mesmo lugar em
contato com o chão.
Fig. 2 - Pé de pivô
Art. 28 Progredindo com a Bola
Um jogador que está com a posse de bola pode avançar em qualquer direção, com as
seguintes limitações:
1) O jogador que, estando parado, recebe a bola, pode pivotar utilizando
qualquer de seus pés como pé de pivô.
2) Um jogador que recebe a bola enquanto está em movimento pode se utilizar
de uma parada em dois tempos para ficar com a bola ou passá-la.
3) Um jogador que recebe a bola quando está parado ou que para legalmente
com a bola nas mãos:
• Pode levantar seu pé de pivô e saltar, quando arremessa a bola para
a cesta ou a passa, mas a bola deve deixar suas mãos antes que
qualquer de seus pés toque o solo novamente;
• Não pode levantar seu pé de pivô para começar a driblar antes que a
bola saia de suas mãos;
Progredir com a bola fora destes limites é uma violação e a posse de bola será
concedida à equipe adversária.
Figura 3: Exemplo de infração - A jogadora para e recomeça a driblar
Art. 29 Driblando
Se um jogador desejar progredir com a bola ele pode driblar, isto é , quicar a bola com
uma mão.
O jogador não está autorizado a:
• Quicar a bola com as duas mãos ao mesmo tempo;
• Deixar a bola parar em sua mão e continuar a driblar.
Art. 30 Posse da Bola
Um jogador tem a posse da bola quando:
• ele está segurando a bola;
• ele está quicando a bola.
Uma equipe tem o controle da bola quando um de seus jogadores tem a posse da bola
ou a bola é passada entre companheiros daquela equipe.
Art. 31 Regra dos 3 segundos
Um jogador não pode permanecer na área restrita do oponente por mais de 3
segundos enquanto sua equipe detiver a posse da bola.
Uma infração a esta regra é uma violação, punida com a cobrança de lateral para a
equipe adversária.
O árbitro não deve punir o jogador que acidentalmente entrar na área restrita mas que
não participa da jogada.
Art. 32 Regra dos 5 segundos
Um jogador que, marcado de muito perto (distância de um passo normal) que retenha
a bola sem passar, arremessar ou quicar por mais de 5 segundos comete violação.
A bola é dada ao adversário para reposição em jogo.
Art. 33 Retorno da bola à quadra de defesa
Um jogador cuja equipe tem a posse da bola na quadra adversária não pode retorná-la
à sua quadra de defesa. Caso isto ocorra, a posse de bola é concedida à equipe
adversária para reposição em jogo.
A linha do centro é parte da quadra de defesa.
Art. 34 Jogador em ato de arremesso
Um jogador está em ato de arremesso quando, no julgamento do árbitro, começa uma
tentativa de converter uma cesta. O ato continua até que os dois pés do jogador
tenham voltado ao solo.
REGRA 8 FALTAS PESSOAIS
Art. 35 Faltas
A falta é uma violação às regras envolvendo contato pessoal com um oponente ou
comportamento anti-desportivo.
Art. 36 Lances Livres
Um lance livre é um privilégio dado ao jogador, e que consiste em marcar um ponto
por arremesso, a partir de uma posição diretamente atrás da linha de lance livre e
dentro do semicírculo. O lance livre é cobrado pelo jogador que sofreu a falta.
Quando um jogador é punido com desqualificação por comportamento anti-desportivo,
os lances livres podem ser cobrados por qualquer jogador da equipe adversária.
Art. 37 Falta Pessoal
Uma falta pessoal é a falta que envolve contato do jogador com um adversário. O
jogador não deve bloquear, segurar, empurrar, agredir ou impedir o progresso de um
adversário estendendo seu braço, ombro, quadril ou joelho ou inclinando seu corpo
para uma outra posição que não seja a normal, nem usar métodos rudes.
Se ocorrer um contato pessoal que não esta previsto nestas regras e que traga
vantagem ao causador, será marcada uma falta pessoal ao jogador responsável pelo
contato.
Se a falta for cometida em um jogador que não esteja em ato de arremesso, a bola é
concedida para a equipe do jogador que sofreu a falta para que alguém faça a
reposição.
Se a falta for cometida sobre um jogador que esteja em ato de arremesso e este não
for convertido, serão concedidos dois lances livres ao jogador que sofreu a falta.
Se o arremesso tiver sido convertido, não haverá lances livres. O jogo recomeça com
uma reposição de bola pela equipe adversária desde a linha de fundo.
Art. 38 Falta Anti-desportiva
Uma falta anti-desportiva é uma falta pessoal que, na opinião do árbitro, foi
deliberadamente cometida por um jogador. O jogador que comete mais de uma falta
anti-desportiva pode ser desqualificado.
Serão concedidos dois lances livres ao jogador que sofreu a falta a menos que ele
esteja em ato de arremesso e este seja convertido.
Após a conversão do arremesso ou dos lances livres, independentemente do último
lance livre ter sido convertido ou não, o jogo será reiniciado através da cobrança de
um lateral, próximo à linha do meio da quadra, a ser efetuada por um jogador da
mesma equipe do arremessador.
Art. 39 Falta Dupla
A falta dupla ocorre quando dois oponentes cometem faltas um contra o outro
aproximadamente ao mesmo tempo.
Uma falta pessoal deve ser marcada para cada um dos jogadores, e o jogo deve
recomeçar com uma bola ao alto, entre os dois jogadores envolvidos, no círculo mais
próximo do local da falta.
REGRA 9 FALTAS TÉCNICAS
Art. 40 Conduta Anti-desportiva
No mini-basquete todos os jogadores devem sempre ter o melhor espírito esportivo e
de cooperação.
Um jogador deve ser advertido se desobedecer às advertências do árbitro ou se
apresentar conduta anti-desportiva.
Uma vez advertido, será desqualificado caso prossiga com a conduta.
Penalidade: uma falta deve ser marcada e serão concedidos dois lances livres e a
posse de bola à equipe adversária.
REGRA 10 DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 41 Como se cobra um Lance Livre
O arremesso deve ser executado em 5 segundos.
Enquanto estiver cobrando o lance livre, o jogador não poderá pisar na linha e nem na
parte da quadra à frente dela.
Quando o arremessador cobra o lance livre haverá um máximo de 5 jogadores
ocupando as áreas próximas, da seguinte forma:
• Dois jogadores do time adversário devem ocupar as 2 posições mais
próximas da cesta;
• Os outros jogadores devem tomar posições alternadas.
Os jogadores nas áreas próximas:
• Não podem ocupar posições que não lhes sejam permitidas;
• Não devem entrar no garrafão, na zona neutra ou deixar as suas posições
até que a bola tenha saído das mãos do arremessador;
• Não podem tocar a bola durante sua trajetória à cesta até que toque o aro
ou seja evidente que não o tocará.
Todos os jogadores que não estejam nas posições na zona de lance livre devem
permanecer atrás da linha de lance livre até que a bola toque o aro ou que o lance se
conclua.
Se o último lance não tocar no aro e não for convertido, a posse de bola é concedida à
equipe adversária para reposição.
Nenhum jogador de nenhum time pode tocar no aro até que a bola toque o aro.
Art. 42 Cinco faltas por Jogador
O jogador que tiver cometido cinco faltas pessoais ou técnicas deve abandonar
imediatamente o jogo. Ele poderá ser substituído por um companheiro de equipe
O investimento no mini-basquete é o único caminho que o BASQUETEBOL possui para voltar a ser respeitado no cenário esportivo nacional e no sistema educacional do nosso país. A modalidade possui características includentes, gerando fascínio em todas as faixas etárias e camadas sociais.
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O mini-basquete é um jogo para crianças com menos de 12 anos. Foi desenvolvido como uma forma divertida de se descobrir o basquete.
É uma atividade recreativa e, com sua riqueza em atividade física, desenvolvimento social e espírito de equipe, estimula as crianças a trilhar uma vida esportiva saudável.
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