COMITÊ INTERNACIONAL DE MINI-BASQUETE - REGRAS DE MINI-BASQUETE

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE BASKETBALL (FIBA)
COMITÊ INTERNACIONAL DE MINI-BASQUETE.

REGRAS DE MINI-BASQUETE

O mini-basquete é um jogo para crianças com menos de 12 anos. Foi desenvolvido como uma forma divertida de se descobrir o basquete.
É uma atividade recreativa e, com sua riqueza em atividade física, desenvolvimento social e espírito de equipe, estimula as crianças a trilhar uma vida esportiva saudável.

sábado, 6 de agosto de 2011

Escola Municipal Antônio da Cunha Azevedo será a casa do Projeto Mini-Basquete Cabo Frio

A Escola Municipal Antônio da Cunha Azevedo, situada na Rua Maestro Clodomiro Guimarães de Oliveira, 95,  bairro Passagem, Cabo Frio, será a casa do primeiro núcleo do Projeto Mini-Basquete Cabo Frio.

´Na próxima segunda-feira, estaremos nos reunindo em Cabo Frio, para formatarmos as primeiras turmas de mini-basquete na cidade. O primeiro passo é a capacitação dos profissionais. Ensinar mini-basquete não é para qualquer um. A importância pedagógica desses profissionais na formação global das crianças é enorme. A KROLL Consultoria irá investir nesse primeiro momento. Vamos reformar a quadra e capacitar os professores. Acredito que na frente, a Prefeitura, através do Projeto Novo Cidadão, possa estar interagindo nesse lindo projeto´, afirmou o coordenador do Projeto Cabo Frio Mini-Basquete, Guilherme Kroll.

Escola Municipal Antonio da Cunha Azevedo foi considerada o melhor local para sediar o pólo piloto do Projeto Mini-Basquete Cabo Frio

Minibásquete – Conceito e objectivos


FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE BASQUETEBOL

COMITÉ NACIONAL DE MINIBASQUETE


Minibásquete – Conceito e objectivos
Conceito e objectivos do minibásquete

Conceito de minibásquete

Entender o significado mais amplo do conceito de minibásquete é

compreendermos que esta actividade vai muito para além de um simples movimento de

iniciação ao basquetebol.

O minibásquete é praticado em clubes, escolas, programas autárquicos de

edução física e de ocupação dos tempos livres, o que nos remete para realidades e

preocupações e formas de intervenção distintas.

Seja no clube, seja na escola, seja com um grupo homogéneo ou um grupo

heterogéneo, seja num grupo alargado ou reduzido, temos que saber responder à

pergunta, o que é que devemos e queremos ensinar?

Contudo, seja qual for a realidade em que estamos a trabalhar, uma ideia tem de

ficar muito clara, o minibásquete, face às idades em causa, só tem verdadeiramente

sentido se for encarado como uma actividade que proporcione satisfação
a todas as

crianças envolvidas.

Para explicar em breves palavra o que é o minibásquete, a sua filosofia e os seus

objectivos, que como já referimos vão muito para além do conceito de escalão de

iniciação ao basquetebol, recorremos à frase do Prof. Mário Lemos: “Diga minibásquete

e não minibasquetebol. Minibásquete quer significar precisamente que este jogo é uma

coisa e o basquetebol é outra.”

Nesta perspectiva, o universo do minibásquete deve ser, preferencialmente,

encarado como uma actividade de cariz fortemente educativa e um espaço privilegiado

de aprendizagem, desenvolvimento motor e socialização.

No âmbito dos clubes estas orientações, não devem estar desligadas duma

prática correcta de iniciação desportiva. Contudo quando se fala de minibásquete, em

termos de escalão, é necessário compreendermos que este é um universo muito

abrangente. Nenhum outro escalão envolve 6 anos de idade, com a agravante que esses

seis anos envolvem profundas transformações de maturação. O minibásquete vai dos 6

aos 12 anos. No mini encontramos crianças com 12 anos que se estão a iniciar, e

crianças com a mesma idade, e com 6 anos de prática, e muito frequentemente dentro do

mesmo grupo.

Face a estas realidades, com que todos os dias, convivemos, os objectivos a

seguir enumerados tem de ser encarados como linhas orientadoras, que terão de ser

ajustadas em função das diferentes realidades, como por exemplo, ter um grupo de mini

de 6.7 anos, ter um grupo de 11, 12 anos com cinco a seis anos de prática ou ter um

grupo de mini de 11, 12 anos que se está a iniciar.

Objectivos do minibásquete

Este documento, expõe as linhas orientadoras do trabalho a desenvolver nas

diferentes fases, definindo por escalões etários, dentro do minibásquete, um trajecto

progressivo da formação das crianças.

Os treinadores devem aplicar estas orientações, após observação do nível do

grupo com que vão trabalhar. A partir da avaliação das necessidades das crianças,

devem decidir os conteúdos prioritários a trabalhar. Por outras palavras os treinadores

devem decidir, o que é que o praticante deve aprender e melhorar em cada época

desportiva.

Este documento não constitui um produto acabado, mas sim a orientação sobre

um conjunto de conteúdos e competências que as crianças devem progressivamente

adquirir. Dentro de uma perspectiva de desenvolvimento da criança, os objectivos

podem e devem ser encarados de duas formas:

Iniciação

A aquisição do gosto e aprendizagem de uma modalidade colectiva através da

prática, numa perspectiva eminentemente de cariz lúdico-pedagógica.

Aperfeiçoamento

A preparação progressiva das crianças, de modo a que a transição do

minibásquete, para o basquetebol resulte de forma natural.

Objectivos fundamentais do minibásquete

O processo de aprendizagem do minibásquete tem que ser uma acção educativa

do desenvolvimento do domínio cognitivo, afectivo e motor, factor de formação da

personalidade individual e colectiva. Como tal os treinos assim como os jogos e as

competições não podem ser uma cópia do basquetebol e do universo dos adultos. O

minibásquete não pode ser encarado como uma “fábrica” de jogadores de basquetebol.

No processo de formação desportiva não se podem queimar etapas. Nestas idades é

importante proporcionar às crianças um vasto repertório motor, e um largo conjunto de

experiências. Deste modo impõe-se que os treinadores saibam por onde começar e

fundamentalmente os objectivos a atingir.

Quando falamos de minibásquete consideramos que os objectivos fundamentais

desta actividade devem estar hierarquizados do seguinte modo:

1. Primeiro e o mais importante, o mini tem de ser uma actividade que proporcione

prazer
a todas as crianças.

2. Segundo, o mini enquanto iniciação a um jogo desportivo colectivo, é um meio

educativo e formativo, que deve proporcionar às crianças um desenvolvimento

integral e harmonioso.

3. Terceiro e do ponto de vista da motricidade das crianças, consideramos essencial

que os objectivos de aprendizagem o minibásquete devem fundamentalmente incidir

no desenvolvimento das capacidades coordenativas

4. Quarto e como consequência dos objectivos anteriores encaminhar as crianças para

uma prática desportiva regular.

Objectivos de aprendizagem do minibásquete

A definição dos objectivos do minibásquete só será um precioso instrumento de

desenvolvimento da personalidade, se levar em consideração que o fundamental é

respeitar o principal protagonista desta actividade: a criança

Domínio cognitivo ou do conhecimento

1. Conhecer as regras essenciais do jogo.

2. Conhecer os gestos principais da técnica de arbitragem

3. Conhecer e compreender os objectivos do jogo

4. Conhecer o funcionamento e regras do clube.

Domínio afectivo ou do comportamental

1. Assumir e interiorizar uma atitude positiva face ao treino e ao jogo.

2. Adquirir a noção de trabalho de grupo.

3. Adquirir hábitos de trabalho, pontualidade, disciplina, de respeito pelas regras de

vivência em grupo.

4. Adquirir hábitos de respeito e compatibilização dos interesses individuais e

colectivos.

5. Adquirir hábitos de respeito pelos treinadores, árbitros, dirigentes e adversários

6. Compreender e reflectir sobre as causas do sucesso ou insucesso das suas acções

7. Adquirir hábitos e gosto pelo trabalho individual e procura do aperfeiçoamento

Domínio psico-motor ou dos fundamentos do jogo

Babybásquete – (sub-8)

Nestas idades o jogo campo inteiro, seja nas vertentes de 3x3 ou 4x4, deve ser

abordado com muita parcimónia. Do ponto de vista motor, as crianças tem de ter

competências mínimas para a prática do jogo, que estão enunciadas no documento

“Ensinar o jogo de minibásquete”. Aproveitamos para reforçar a ideia que nestas idades

poderemos o mais importante é o desenvolvimento da coordenação e poderemos utilizar

os fundamentos do basquetebol, drible, lançamento e passe, etc, como forma de

desenvolvimento da coordenação e escolhermos exercícios de desenvolvimento das

capacidades coordenativas, como forma de facilitar e chegar aos fundamentos do

basquetebol. Esta dupla perspectiva é extremamente enriquecedora da intervenção com

os mais novos.

Nesta fase o carácter lúdico é fundamental. É necessário dar espaço, para que de

uma forma orientada as crianças possam brincar. Subjacente às brincadeiras devem estar

acções que desenvolvam noções corporais, de espaço equilíbrio e ritmo através do

domínio de acções motoras básicas como.

1. Correr

2. Saltar

3. Gatinhar em quatro apoios frente e costas

4. Rastejar

5. Rolar

6. Rodar

7. Puxar um parceiro

8. Empurrar um parceiro

9. Etc

Neste primeiro nível de aprendizagem deve-se evitar o ensino analítico dos

fundamentos do jogo a qualquer custo. Os objectivos sobre os quais acreditamos que

deve incidir mais o trabalho nestas idades é sobre o desenvolvimento das capacidades

coordenativas. Este trabalho pode ser feito, utilizando acções motoras do basquetebol,

como o drible e o manejo de bola, como forma de desenvolvimento da coordenação, em

simultâneo com o desenvolvimento das capacidades coordenativas como forma de

facilitar aprendizagem futura dos fundamentos do basquetebol. Um discurso que seduz

sempre as crianças é o “Vamos lá ver quem é que é capaz de…” Nestas idades podemos

e devemos ter preocupações com as seguintes acções motoras:

A corrida, as paragens, as rotações e o trabalho de pés

1. Correr de costas

2. Correr de lado direito e esquerdo

3. Correr de diversas formas e diversos ritmmos

4. Correr com mudanças de direcção

5. Correr e parar a um tempo

6. Correr e parar a dois tempos esquerdo direito e direito esquerdo

7. Correr parar, rodar e arrancar em diferentes direcções

8. Rodar sobre um pé para a frente e para trás

Recepção e domínio da bola

1. Receber uma bola parado e em movimento

2. Receber uma bola com domínio de trajectórias diferentes

3. Dominar e controlar bolas de tamanhos variáveis segundo movimentos diversos.

4. Arremessar lançar a alvos verticais e horizontais.

5. Executar múltiplos exercícios de manejo de bola.

6. Lançar ao cesto com duas mãos.

A ocupação de espaços

1. Compreender a finalidade do jogo e o momento em que a equipa está a atacar e a

defender.

2. Compreender o espaço e o momento do drible com o objectivo de invadir o campo

do adversário.

3.
Compreender que não está a jogar sozinho e que tem companheiros aos quais pode

de deve passar a bola.

Microbásquete – (sub-10)

Nesta fase de aprendizagem consideramos que o desenvolvimento das

capacidades coordenativas continua a ser tarefa prioritária. O jogo deve ser introduzido

através de situações reduzidas e facilitadoras da aprendizagem. O ensino do jogo deve

obedecer ao conceito - "só se aprende a jogar, jogando", contudo este conceito não

significa de forma alguma que as sessões de aprendizagem devem ser compostas com

situações de jogo em 5X5. Existem formas simplificadas e progressivas de abordar a

aprendizagem do jogo. As regras devem ser simples e as correcções devem ser

efectuadas com clareza. É muito importante ter presente que as crianças só podem

dominar a bola se tiverem espaço e domínio do corpo.

Nesta fase, consideramos que devem ser desenvolvidas as seguintes acções motoras,

mais relacionadas com a modalidade:

Aprender as formas de cooperar, jogo de equipa, ou seja aprender as habilidades

técnicas específicas, que permitem comunicar com as exigências do jogo.

O drible

Atender à noção de interposição do corpo entre a bola e o defensor.

1. Driblar parado e em movimento mão direita e mão esquerda

2. Driblar em diversas direcções, mão direita e mão esquerda

3. Driblar com mudanças de direcção utilizando diversas formas de execução

4. Iniciar o drible cruzado e o drible directo

O lançamento

1. Lançar parado

2. Lançar após paragem de drible

3. Lançar na passada após drible evoluindo do lançamento a duas mãos para uma mão

4. Lançar na passada com a mão direita e mão esquerda

5. Lançar na passada após passe e corte com drible e sem drible

O passe e recepção

1. Executar com correcção o passe de peito e picado

2. Executar passe de peito e picado parado, em movimento

3. Executar passe de peito e picado após finta

4. Receber com correcção, duas mãos, a bola em diferentes situações, movimentos e

trajectórias

Noção de desmarcação e progressão com a bola

1. Executar o passe e corte

2. Passar e correr para a frente olhando para a bola (mão alvo)

3. Desmarcar noção básica “procurar espaços vazios e fugir à marcação”

4. Progredir através do drible e do passe, aquisição da noção dos corredores do campo

Noção de marcação e defesa

1. Adquirir a noção clara de interposição defensiva

2. Desviar o portador da bola do corredor central

Minibásquete – (sub-12)

Quando trabalhamos com jovens desta idade é necessário ter presente que estão

numa fase de socialização decisiva na construção da personalidade e que a continuidade

do seu desenvolvimento. A competição devem ser os jogos, que tem de ser um espaço

de divertimento. No minibásquete a classificação não é nem um prioridade nem uma

necessidade das crianças.

No ensino dos fundamentos é necessário aprender
"como se executa”, na situação

do jogo e necessário perceber
“quando se executa". Ensinara a jogar é ensinar a decidir.

Todos os treinadores devem verificar se os objectivos das fases anteriores foram

alcançados. Caso não tenham sido, cada treinador deve definir no seu planeamento

situações de aprendizagem referentes aos conteúdos não adquiridos

Nesta fase consideramos que as crianças deverão realizar as seguintes aquisições:

O drible

1. Iniciar o drible cruzado e directo após várias formas de fintas

2. Dominar as diversas formas de mudar de direcção e parar o drible.

3. Dominar os momentos de drible de progressão e protecção

4. Compreender a utilização do drible como forma de penetração para lançar

O lançamento

1. Lançar na passada após passe e corte com recepção de diversos ângulos e

finalização de várias formas.

2. Lançar após paragem de drible, e após recepção de passe, com paragem a um tempo

a dois tempos esquerdo direito e direito esquerdo.

O passe

1. Executar o passe por cima da cabeça

2. Executar o passe longo com uma mão

3. Executar o passe após drible de penetração

4. Adquirir a noção clara do primeiro passe

Noção de desmarcação e progressão

1. Abrir e aclarar isto é aquisição clara da ocupação equilibrada do espaço do jogo

2. Adquirir a noção de corte nas costas nas situações de ajuda

Noção das acções a realizar após recepção da bola

1. Após recepção o jogador deverá sempre enquadrar com o cesto e ver e decidir

escolhendo a acção mais adequada de acordo com a situação e as suas capacidades

entre as seguintes

2. Se puder lançar ou penetrar para lançar, lança e vai ao ressalto

3. Se não puder lançar procura um companheiro livre ou mais próximo do cesto e

desmarca-se.

4. Se não puder lançar ou passar finta e dribla para o meio do campo protegendo a

bola.

Noção das acções do jogador sem bolas

1. Noção de espaço os jogadores deverão afastar-se da bola e dos companheiros,

procurando um espaço livre a 4 passos com as seguintes preocupações

2. Reconhecimento de movimentos e espaços mais ofensivos, noção de desmarcação

estando prontos para pedir e receber a bola

Noção de marcação e defesa

1. Iniciar a defesa do primeiro passe

2. Iniciar a defesa do passe e corte

3. Adquirir e consolidar a noção defensiva nunca perdendo de vista a bola.

4. Adquirir a noção de reacção imediata à perda de posse de bola.

Vinte indicações úteis

1. Para alcançarem os objectivos escolham exercícios adequados

2. O desenvolvimento das capacidades coordenativas é fundamental e como tal deve

ocupar o espaço mais significativo no treino da criança.

3. No processo ensino/aprendizagem dos fundamentos temos de evitar as execuções

incorrectas que proporcionam hábitos contraproducentes. É mais difícil corrigir um

automatismo incorrecto que ensinar tudo do princípio.

4. Assim que as crianças estejam em condições de o fazer executem os exercícios de

forma competitiva.

5. Usem o tempo com eficiência

6. Optimizem o espaço e o material à vossa disposição

7. Na aprendizagem dos fundamentos escolham inicialmente formas de organização

simples para que a criança possa estar concentrada na execução da acção motora.

8. Nunca esquecer sempre que possível executar os fundamentos do lado direito e do

lado esquerdo.

9. Seleccionem com critério o que se pretendem aperfeiçoar e corrigir.

10. Corrijam um erro de cada vez.

11. Criem um clima afectivo favorável ao decorrer da actividade e utilizem com

frequência intervenções positivas.

12. Demonstrem sempre que possível qualquer habilidade técnica ou movimento, que os

jovens devem executar. É extremamente vantajoso proporcionar aos jovens desta

idade um modelo de execução correcta. Escolham crianças que executem bem e

realcem a sua execução.

13. Privilegiem nas vossas intervenções o contacto com a totalidade do grupo ou com

grupos pequenos.

14. Evitem explicações longas e fastidiosas o tempo disponível já é reduzido e um

tempo de empenhamento motor elevado é uma condição de sucesso pedagógico no

processo de ensino aprendizagem.

15. Informem que: primeiro há que fazer bem, depois bem e depressa, depois bem

depressa e sempre, e na situação de jogo no momento oportuno.

16. Partam do simples para o complexo, do parado para o movimento, do lento para o

rápido.

17. Nunca aceitem a expressão não consigo ou não sou capaz.

18. Ensinem a paciência, a persistência e o desejo de perfeição.

19. Certifiquem-se que as crianças sentem êxito suficiente durante o treino.

20. Certifique-se que o treino dá satisfação e prazer.

REGRAS DE MINI-BASQUETE

FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE BASKETBALL (FIBA)
COMITÊ INTERNACIONAL DE MINI-BASQUETE.
REGRAS DE MINI-BASQUETE
O mini-basquete é um jogo para crianças com menos de 12 anos. Foi desenvolvido
como uma forma divertida de se descobrir o basquete.
É uma atividade recreativa e, com sua riqueza em atividade física, desenvolvimento
social e espírito de equipe, estimula as crianças a trilhar uma vida esportiva saudável.
REGRA 1 O JOGO
Art. 1 Mini-Basquete
O mini-basquete é um jogo baseado no basquete e indicado para meninos e meninas
com 12 anos ou menos, aferidos no início da competição.
Art. 2 Definição
O propósito de cada equipe é o colocar a bola na cesta do oponente e evitar que o
oponente marque pontos, seguindo as regras do jogo.
REGRA 2 DIMENSÕES E EQUIPAMENTOS
Art. 3 Dimensões da Quadra
A quadra de jogo deve ser retangular e de se superfície lisa, dura e sem obstáculos.
Sua dimensão deve ser de 28m de comprimento e 15m de largura. Outras dimensões
podem ser usadas, desde que se conserve a mesma proporção, como por exemplo: 26
x 14 m, 24 x 13 m, 22 x 12 m e 20 x 11 m.
Art. 4 Linhas
As linhas da quadra de basquete são desenhadas de acordo com as ilustrações desse
livro. Elas são as mesmas desenhadas nas quadras de basquete normal, exceto pelo
seguinte:
• A linha de lance livre tem 4m de distância da tabela;
• Não existe linha ou área de 3 pontos.
Todas as linhas devem ter 5cm de espessura e devem ser perfeitamente visíveis.
Art. 5 Tabelas
Cada uma das tabelas devem ter a superfície lisa de madeira maciça ou de material
transparente adequado. As dimensões devem ser de 1,20m horizontalmente e de
0,90m verticalmente, e montada na forma que mostra o diagrama.
Art. 6 Cestas
As cestas devem englobar os aros e as redes. Cada uma das cestas deve estar a 2,60m
acima do chão , de acordo com as ilustrações.
Figura 1: Croquis da Tabela
Art. 7 Bola
A bola deve ser esférica, com a superfície exterior de couro, borracha ou de outro
material sintético. Sua circunferência deve estar entre 68 e 73 cm e o peso deve estar
entre 450 e 500 gramas.
Art. 8 Equipamento Técnico
O seguinte material técnico deve ser providenciado :
• Cronômetro do jogo
• Súmula oficial de jogo;
• Marcadores numerados de 1 a 5, para indicar o número de faltas pessoais
cometidas por jogador;
• Um mecanismo sonoro de aviso.
REGRA 3 OS OFICIAIS E SEUS DEVERES
Art. 9 Os Árbitros
Dois árbitros devem dirigir o jogo de acordo com as regras. Ambos são responsáveis
por marcar faltas e violações, por validar ou cancelar cestas e lances livres e também
por administrar penalidades de acordo com a regras.
Art. 10 O Anotador
O anotador é responsável pela súmula. Ele mantém um registro com as cestas e lances
livres convertidos. Também anotará as faltas cometidas, conforme sinalização do
árbitro e levantará os marcadores para mostrar o número de faltas cometidas por cada
jogador.
Art. 11 O Cronometrista
O cronometrista é responsável pelo controle do tempo de jogo e pela indicação do final
de cada um dos períodos.
REGRA 4 JOGADORES, SUBSTITUTOS E TÉCNICOS
Art. 12 Equipes
Cada equipe deve ter 10 jogadores: 5 jogadores na quadra e 5 substitutos.
Um membro da equipe é considerado um jogador quando ele está na quadra e está
autorizado a jogar. De outra forma, ele é considerado um substituto.
Art. 13 Técnicos
O técnico é o líder da equipe. Ele orienta os jogadores de fora da quadra, de forma
calma e amistosa, e é responsável pela substituição dos jogadores.
Ele é auxiliado pelo capitão da equipe, que deve ser um dos jogadores.
Art. 14 Uniformes
Todos os jogadores de uma equipe devem vestir uniformes iguais e com numeração na
frente e atrás da camisa.
As equipes só podem usar números de 4 a 15.
REGRA 5 REGULAMENTAÇÔES DE TEMPO
Art. 15 Tempo de Jogo
O jogo consiste em dois períodos de 20 minutos cada, com intervalo de 10 minutos
entre eles. Cada período é dividido em 2 períodos de 10 minutos cada, com um
intervalo de 2 minutos entre eles.
O cronometrista controla o tempo de jogo, parando o relógio apenas nas seguintes
situações:
• Em uma falta;
• Em uma bola ao alto;
• Ao final de um período;
• Para uma bola morta;
• Quando um jogador comete 5 faltas pessoais ou é desqualificado;
• Quando um jogador está machucado;
• Quando o árbitro o instrui;
Após o relógio ter sido parado, o cronometrista deve reiniciá-lo assim que a bola for
tocada, dentro da quadra.
Art. 16 Início de Jogo
Todos os períodos devem começar com a bola ao alto no círculo central. O árbitro deve
efetuar o lançamento da bola entre dois oponentes. O relógio é iniciado quando a bola
é tocada por um dos jogadores.
No segundo tempo, as equipes devem trocar de cestas.
Art. 17 Bola ao Alto
Ocorre a bola ao alto quando o árbitro lança a bola verticalmente para o alto entre os
dois oponentes em um dos círculos da quadra.
A bola só pode ser tocada por um ou por ambos os jogadores depois de alcançar o
ponto mais alto de sua trajetória.
Todos os outros jogadores devem se manter fora do círculo até que a bola seja tocada
por um dos jogadores saltantes. Se houver uma violação, a posse de bola bola será
dada ao oponente, que cobrará um lateral. Se ambos os time forem responsáveis pela
violação, será feita outra bola ao alto.
Será administrada uma bola ao alto quando:
• Dois ou mais jogadores de equipes opostas estão firmemente segurando a
bola com as mãos.
• A bola sair, tendo sido tocada simultaneamente por dois adversários.
• O árbitro estiver em dúvida sobre o último jogador a tocar na bola.
• O árbitro e o fiscal discordam sobre quem tocou a bola por último.
• A bola fica presa no suporte da cesta.
• A bola acidentalmente entra na cesta por baixo.
• Uma falta dupla é marcada.
Quando uma bola ao alto é marcada, deverá ser administrada no círculo mais próximo
do lance que a originou, sendo a bola lançada verticalmente pelo árbitro entre os dois
oponentes.
Art. 18 Cesta – Quando é convertida e o seu valor
Uma cesta é marcada quando uma bola viva entra na cesta por cima e passa por
dentro dela. Uma cesta de campo vale 2 pontos e uma cesta de um lance livre vale 1
ponto.
Após uma cesta de campo convertida ou após a conversão do último lance livre, a
equipe adversária reiniciará o jogo através da cobrança de lateral desde a linha de
fundo da quadra no tempo máximo de 5 segundos.
Art. 19 Empate
Se o placar estiver empatado ao final do quarto período, este será o resultado final,
não devendo-se jogar nenhuma prorrogação.
Art. 20 Final de Jogo
O jogo termina com o soar do sinal sonoro do cronometrista ou do placar, indicando o
término do tempo de jogo.
REGRA 6 REGULAMENTAÇÕES DE JOGO
Art. 21 Substituições
Cada jogador deve jogar em dois períodos, exceto aqueles que tiverem sido
substituídos por lesão, desqualificação ou que tenham cometido 5 faltas pessoais.
Cada jogador deverá permanecer sentado no banco de reservas durante os outros
períodos, exceto quando for substituir a outro jogador por lesão, desqualificação ou
pelo cometimento de 5 faltas pessoais. Mesmo nestas situações especiais, o jogador
deverá permanecer como substituto por um período completo.
Art. 22 Como a Bola é jogada
No mini-basquete a bola é jogada com as mãos. Pode ser passada, arremessada ou
lançada em qualquer direção dentro dos limites das regras do jogo.
É uma violação correr com a bola, chutá-la intencionalmente ou bater nela com os
punhos.
Tocar acidentalmente na bola com a perna ou pés não é uma violação.
REGRA 7 VIOLAÇÕES
Art. 23 Violações
Uma violação é uma infração ás regras, em virtude da qual o árbitro deve parar o jogo
imediatamente e conceder a posse de bola ao oponente, mediante a administração de
um arremesso lateral.
Art. 24 Reposição de bola
O jogador deve repor a bola de fora da quadra no local indicado pelo árbitro, que será
o mais próximo do local da infração (falta ou violação).
A partir do momento em que a bola está à disposição do jogador, ele tem 5 segundos
para passá-la para um jogador que esteja dentro da quadra.
Quando a reposição estiver acontecendo, nenhum outro jogador pode ter uma parte
do seu corpo sobre ou além das linhas laterais ou de fundo, caso em que a reposição
deverá ser feita novamente.
O árbitro deverá entregar nas mãos do jogador a bola, quando ela tiver que ser
reposta desde as linhas laterais ou de fundo.
Art. 25 Localização do Jogador
A localização do jogador é determinada pelo local onde ele toca o solo. Quando ele
está no ar, considera-se que ele esteja no local de onde saiu ao efetuar o salto.
Art. 26 Jogador fora da quadra
Um jogador está fora da quadra quando ele toca o chão sobre ou após as linhas que
delimitam a quadra.
A bola está fora da quadra quando ela toca um jogador, o solo, ou qualquer objeto
após a linha do limite da quadra, incluindo o suporte das tabelas.
Jogar a bola para fora da quadra é uma violação, punida com a cobrança de lateral
pela equipe adversária.
Se o árbitro tem dúvidas sobre qual jogador tocou por último a bola, será administrada
uma bola ao alto.
Art. 27 Pivô
Um jogador que recebe a bola quando está parado ou parando e
receber a bola está autorizado a fazer a jogada de pivô.
A jogada de pivô ocorre quando o jogador que está segurando a
bola pisa uma ou mais vezes em qualquer direção com o mesmo pé,
e o outro pé, chamado pé de pivô, permanece no mesmo lugar em
contato com o chão.
Fig. 2 - Pé de pivô
Art. 28 Progredindo com a Bola
Um jogador que está com a posse de bola pode avançar em qualquer direção, com as
seguintes limitações:
1) O jogador que, estando parado, recebe a bola, pode pivotar utilizando
qualquer de seus pés como pé de pivô.
2) Um jogador que recebe a bola enquanto está em movimento pode se utilizar
de uma parada em dois tempos para ficar com a bola ou passá-la.
3) Um jogador que recebe a bola quando está parado ou que para legalmente
com a bola nas mãos:
• Pode levantar seu pé de pivô e saltar, quando arremessa a bola para
a cesta ou a passa, mas a bola deve deixar suas mãos antes que
qualquer de seus pés toque o solo novamente;
• Não pode levantar seu pé de pivô para começar a driblar antes que a
bola saia de suas mãos;
Progredir com a bola fora destes limites é uma violação e a posse de bola será
concedida à equipe adversária.
Figura 3: Exemplo de infração - A jogadora para e recomeça a driblar
Art. 29 Driblando
Se um jogador desejar progredir com a bola ele pode driblar, isto é , quicar a bola com
uma mão.
O jogador não está autorizado a:
• Quicar a bola com as duas mãos ao mesmo tempo;
• Deixar a bola parar em sua mão e continuar a driblar.
Art. 30 Posse da Bola
Um jogador tem a posse da bola quando:
• ele está segurando a bola;
• ele está quicando a bola.
Uma equipe tem o controle da bola quando um de seus jogadores tem a posse da bola
ou a bola é passada entre companheiros daquela equipe.
Art. 31 Regra dos 3 segundos
Um jogador não pode permanecer na área restrita do oponente por mais de 3
segundos enquanto sua equipe detiver a posse da bola.
Uma infração a esta regra é uma violação, punida com a cobrança de lateral para a
equipe adversária.
O árbitro não deve punir o jogador que acidentalmente entrar na área restrita mas que
não participa da jogada.
Art. 32 Regra dos 5 segundos
Um jogador que, marcado de muito perto (distância de um passo normal) que retenha
a bola sem passar, arremessar ou quicar por mais de 5 segundos comete violação.
A bola é dada ao adversário para reposição em jogo.
Art. 33 Retorno da bola à quadra de defesa
Um jogador cuja equipe tem a posse da bola na quadra adversária não pode retorná-la
à sua quadra de defesa. Caso isto ocorra, a posse de bola é concedida à equipe
adversária para reposição em jogo.
A linha do centro é parte da quadra de defesa.
Art. 34 Jogador em ato de arremesso
Um jogador está em ato de arremesso quando, no julgamento do árbitro, começa uma
tentativa de converter uma cesta. O ato continua até que os dois pés do jogador
tenham voltado ao solo.
REGRA 8 FALTAS PESSOAIS
Art. 35 Faltas
A falta é uma violação às regras envolvendo contato pessoal com um oponente ou
comportamento anti-desportivo.
Art. 36 Lances Livres
Um lance livre é um privilégio dado ao jogador, e que consiste em marcar um ponto
por arremesso, a partir de uma posição diretamente atrás da linha de lance livre e
dentro do semicírculo. O lance livre é cobrado pelo jogador que sofreu a falta.
Quando um jogador é punido com desqualificação por comportamento anti-desportivo,
os lances livres podem ser cobrados por qualquer jogador da equipe adversária.
Art. 37 Falta Pessoal
Uma falta pessoal é a falta que envolve contato do jogador com um adversário. O
jogador não deve bloquear, segurar, empurrar, agredir ou impedir o progresso de um
adversário estendendo seu braço, ombro, quadril ou joelho ou inclinando seu corpo
para uma outra posição que não seja a normal, nem usar métodos rudes.
Se ocorrer um contato pessoal que não esta previsto nestas regras e que traga
vantagem ao causador, será marcada uma falta pessoal ao jogador responsável pelo
contato.
Se a falta for cometida em um jogador que não esteja em ato de arremesso, a bola é
concedida para a equipe do jogador que sofreu a falta para que alguém faça a
reposição.
Se a falta for cometida sobre um jogador que esteja em ato de arremesso e este não
for convertido, serão concedidos dois lances livres ao jogador que sofreu a falta.
Se o arremesso tiver sido convertido, não haverá lances livres. O jogo recomeça com
uma reposição de bola pela equipe adversária desde a linha de fundo.
Art. 38 Falta Anti-desportiva
Uma falta anti-desportiva é uma falta pessoal que, na opinião do árbitro, foi
deliberadamente cometida por um jogador. O jogador que comete mais de uma falta
anti-desportiva pode ser desqualificado.
Serão concedidos dois lances livres ao jogador que sofreu a falta a menos que ele
esteja em ato de arremesso e este seja convertido.
Após a conversão do arremesso ou dos lances livres, independentemente do último
lance livre ter sido convertido ou não, o jogo será reiniciado através da cobrança de
um lateral, próximo à linha do meio da quadra, a ser efetuada por um jogador da
mesma equipe do arremessador.
Art. 39 Falta Dupla
A falta dupla ocorre quando dois oponentes cometem faltas um contra o outro
aproximadamente ao mesmo tempo.
Uma falta pessoal deve ser marcada para cada um dos jogadores, e o jogo deve
recomeçar com uma bola ao alto, entre os dois jogadores envolvidos, no círculo mais
próximo do local da falta.
REGRA 9 FALTAS TÉCNICAS
Art. 40 Conduta Anti-desportiva
No mini-basquete todos os jogadores devem sempre ter o melhor espírito esportivo e
de cooperação.
Um jogador deve ser advertido se desobedecer às advertências do árbitro ou se
apresentar conduta anti-desportiva.
Uma vez advertido, será desqualificado caso prossiga com a conduta.
Penalidade: uma falta deve ser marcada e serão concedidos dois lances livres e a
posse de bola à equipe adversária.
REGRA 10 DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 41 Como se cobra um Lance Livre
O arremesso deve ser executado em 5 segundos.
Enquanto estiver cobrando o lance livre, o jogador não poderá pisar na linha e nem na
parte da quadra à frente dela.
Quando o arremessador cobra o lance livre haverá um máximo de 5 jogadores
ocupando as áreas próximas, da seguinte forma:
• Dois jogadores do time adversário devem ocupar as 2 posições mais
próximas da cesta;
• Os outros jogadores devem tomar posições alternadas.
Os jogadores nas áreas próximas:
• Não podem ocupar posições que não lhes sejam permitidas;
• Não devem entrar no garrafão, na zona neutra ou deixar as suas posições
até que a bola tenha saído das mãos do arremessador;
• Não podem tocar a bola durante sua trajetória à cesta até que toque o aro
ou seja evidente que não o tocará.
Todos os jogadores que não estejam nas posições na zona de lance livre devem
permanecer atrás da linha de lance livre até que a bola toque o aro ou que o lance se
conclua.
Se o último lance não tocar no aro e não for convertido, a posse de bola é concedida à
equipe adversária para reposição.
Nenhum jogador de nenhum time pode tocar no aro até que a bola toque o aro.
Art. 42 Cinco faltas por Jogador
O jogador que tiver cometido cinco faltas pessoais ou técnicas deve abandonar
imediatamente o jogo. Ele poderá ser substituído por um companheiro de equipe